Logo pensei, foi o sono que fez eu perder meu raciocínio e acabei me distraindo colocando dois números na mesma fileira, mas como será que eu havia conseguido terminar meu Sudoku com um erro tão na minha cara? Fiquei pensando nisso quando olhei para as janelas do ônibus e não havia notado que elas estavam revestidas com um pano preto. Aquilo me atormentou; estava tão distraído que não havia notado meu erro no sudoku e muito menos as janelas revestidas de preto.
Fui direto ao motorista perguntar o porquê daquilo. No meio do caminho parei e pensei se realmente eu queria saber o motivo das janelas vendadas, na verdade eu não queria. Tive a sensação que minha viagem seria muito mais emocionante se eu não soubesse o porque daquilo. Era isso mesmo que eu queria, deixar tudo acontecer livremente, sem minha interferência de saber os porques de tudo.
Mas uma coisa me deixou muito intrigado. Será que aquelas pessoas do ônibus não estavam nem um pouco incomodadas com o fato de não poderem ver o caminho que estavam seguindo? Sentei de volta em meu lugar pensando sobre isso, fechei os olhos e o ônibus continuou seguindo.
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"A companhia Air Canadá cancelou vôos partindo da província de Newfoundland, que fica no extremo leste do país. Segundo o jornal canadense The Globe and Mail, nove de treze voos saindo de Newfoundland foram cancelados."
ResponderExcluirEu precisava postar gente
...Quanto de obscuridade haverá nesse desejo de fuga... ou busca??? Olha que interessante: o mesmo mistério da excitação interna que move o protagonista se projeta nos fatos turbulentos e misteriosos que ocorrem externamente, e objetivamente. Contudo, do lado interno (ônibus sem visão do exterior) a lógica é questionada por fenômenos envolvendo noções ainda mais elementares como a própria aritimética!
ResponderExcluirA causalidade tem um limite. A angústia interna que move o protagonista é vontade cega? Ou propõe uma liberdade autêntica?... ou, ainda, uma necessidade nova, denunciando um fenômeno específico?